quinta-feira, 26 de novembro de 2009

Conflitos e paixões de “A Mar Aberto”

Uma história de pescador sem exageros ou mentiras, assim é a peça “A Mar Aberto”, do coletivo Artístico Atores à Deriva, do Rio Grande do Norte. A trupe se apresentou ontem (25), no Teatro Barreto Júnior e faz mais uma sessão hoje, às 19h, no mesmo local.

A peça foi escrita e dirigida por Henrique Fontes, e conta a história de um velho lobo do mar, seu José Hermílio, que em um dos dias de sua pescaria, é traído pelo desejo ao se ver seduzido por um rapaz de 19 anos, Júlio de Joana. Ele acredita que o demônio usa de suas artimanhas para fazê-lo desejar o jovem, que abandonou a faculdade para ser pescador.


Foto: Val Lima

O conflito central da história gira em torno desse desejo do pescador experiente por Júlio. A relação entre José Hermílio e Júlio de Joana faz referência aos personagens Riobaldo e Diadorim do livro Grandes Sertões Veredas, de Guimarães Rosa. Riobaldo é um jagunço que se apaixona pelo companheiro de trabalho Diadorim, ao longo da história Riobaldo entra em crise existencial por causa da sua paixão, até descobrir que, na verdade, Diadorim era uma mulher.

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